Peças de arte moderna de Andy Wharol com as icónicas latas de sopa Campbell's surgiram vandalizadas na Galeria Nacional de Austrália, em Camberra, numa ação que foi assumida pelo movimento de ativistas climáticos Stop Fossil Fuel Subsidies.
Os manifestantes do movimento em prol do clima colocaram cola e fizeram alguns rabiscos de cor azul nas premiadas obras de Wharol expostas na galeria australiana, alegando serem um símbolo do “consumismo enlouquecido”, mas que não ficaram danificadas por se encontrarem protegidas com vidro.
Os próprios ativistas divulgaram imagens desta ação nas redes sociais, mostrando que as obras não ficaram danificadas. Segundo a Polícia australiana, a cola utilizada nesta ação “não era muito boa”, e foi removida facilmente, tendo os jovens em protesto conseguido sair da galeria antes de serem presos.
O grupo Stop Fossil Fuel Subsidies, que assumiu esta iniciativa, emitiu esta quarta-feira um comunicado sustentando que o Governo australiano não deve apoiar mais indústrias de petróleo, gás e carvão.
“Temos agora o capitalismo enlouquecido. Enquanto famílias têm de escolher entre comprar remédios ou alimentos para os filhos, as empresas de combustíveis fósseis têm lucros recorde e o nosso Governo ainda dá a esta indústria 22 mil dólares por minuto”, enfatizou Bonnie Cassen, uma das ativistas envolvidas no ataque à obra de Andy Wharol.
Protestos semelhantes de ativistas do clima envolvendo obras de arte têm ocorrido em várias cidades europeias, como lembra o “Guardian”, dando o exemplo de um grupo ambientalista alemão que atirou puré de batata sobre uma pintura de Claude Monet num museu em Potsdam (sul de Berlim) ou de ativistas da Just Stop Oil que atiraram sopa de tomate sobre um quadro com girassóis de Vincent Van Gogh.
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