Banho quente, banho frio. O novo filme de Paolo Sorrentino

Desde há muito que a sombra de Fellini paira sobre os filmes de Paolo Sorrentino. Mais nitidamente em “A Grande Beleza” (que lhe deu o Óscar) e em “A Juventude” (o filme que lhe sucedeu), mas presente em quase todos, essa referência a roçar o fetichismo aproximou-se agora do memorialismo fantástico de “Amarcord”. O filme chama-se “È stata la mano di Dio”/“The Hand of God”, a referência a Diego Maradona é óbvia e será central na narrativa, como foi na vida do realizador, que teria, seguramente, morrido adolescente se, certa noite, não estivesse fora de casa a ver uma partida do Nápoles onde o semideus do futebol jogava.

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