Da animação ao horror, ou ao erotismo, o cinema e a televisão asiáticos, particularmente japoneses e coreanos, sempre penderam para histórias inquietantes e incómodas. Pelo menos aos olhos de um ocidente habituado a enredos hollywoodescos, mais polidos, nos quais é sempre demasiado fácil identificar heróis e vilões. As cabeças saltitantes de “A Viagem de Chihiro” (2001), ou tantas outras personagens criadas por Hayao Miyazaki, poderão ter divertido crianças japonesas, mas assombraram, certamente, os sonhos de muitas espalhadas pelo mundo. A crueza com que Nagisa Oshima filmou “O Império dos Sentidos” (1976), recorrendo a coisas tão simples quanto um ovo cozido ou um pássaro de madeira, terá moldado, de forma um tanto ou quanto perversa, a sexualidade de toda uma geração.
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