Cultura

Julião Sarmento (1948-2021). Guta Moura Guedes: "Deixa um vazio sem fim"

Julião Sarmento, em 2015
Julião Sarmento, em 2015
José Caria

Evocação do artista português pela cronista do Expresso e diretora da Experimenta Design

Guta Moura Guedes

Tentar entender a perda de um grande amigo pode levar todo o tempo do mundo.

Para mim, o Julião era, primeiro que tudo e antes do mais, o grande amigo, de casa, de vida. Mas sei que aquilo que mais me tocava na sua amizade contaminava a sua forma de ser artista e toda a sua obra. Julião era - e é - o artista maior da sua geração, e um dos melhores artistas portugueses e internacionais de sempre.

O ser humano de excepção que foi, na sua generosidade, entusiasmo, compromisso, alegria, capacidade criativa, enorme coração, reflectia-se na sua obra, que era mais do que o que víamos nas exposições, mas também o seu modo único de impulsionar os outros criadores.

O último dia que passámos juntos foi de sol e de planos futuros. Nós sabíamos que ele ia partir e ele não. Mas a única coisa que ele queria era continuar a dar-nos tudo o que tinha. E foi sobre isso que essa tarde de sol se centrou. Sobre essa ideia de continuar a dar.

Deixa um vazio sem fim

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