
A história de “O Jardim Secreto” materializa-se num filme para todas as idades, com argumento de Jack Thorne e realização de Marc Munden. Encantador mas não encantatório
A história de “O Jardim Secreto” materializa-se num filme para todas as idades, com argumento de Jack Thorne e realização de Marc Munden. Encantador mas não encantatório
texto
A novela para crianças “The Secret Garden”, que a britânica Frances Hodgson Burnett publicou em 1911, tornou-se, ao longo de mais de um século, num daqueles livros que sucessivas gerações de britânicos e norte-americanos conhecem e têm na memória. Enorme e duradouro sucesso, incluindo em Portugal (pertence ao Plano Nacional de Leitura e conta com edições em três editoras), o livro conheceu múltiplas adaptações ao cinema e à televisão, a primeira das quais nos Estados Unidos, logo em 1919. Esta que ora estreia em Portugal tem base no Reino Unido, com capitais americanos, chineses e franceses, e conta a história de Mary — uma rapariga órfã entregue aos cuidados de um tio muito rico, Lord Archibald Craven, que vive numa enorme mansão, muito grande e muito triste. E, sobretudo, povoada de coisas escondidas.
Archibald é, ele próprio, um homem que tem tanto de cortês como de misantropo, habitado por uma melancolia sem fim e que parece ligada aos estranhos lamentos que ecoam pelo casarão e de que não se fala. Mary vai descobrir a causa de toda essa tristeza e o modo de a debelar. A cura está, afinal, bem perto, num jardim escondido por detrás de altos muros e portões fechados. Um jardim mágico, de onde emanam todos os bálsamos, ancorados na memória que lá ficou inscrita, numa singular fusão entre o amor e a morte.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt