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Cultura

Os anos da cólera e da febre amarela em Portugal

Castigo Pintura de uma procissão nas ruas de Lisboa para redenção dos pecados que trouxeram à cidade a epidemia de febre amarela no século XIX
Castigo Pintura de uma procissão nas ruas de Lisboa para redenção dos pecados que trouxeram à cidade a epidemia de febre amarela no século XIX
corbis/getty images

Crónica das terríveis doenças que atingiram Portugal em meados do século XIX e do país que ficou depois de elas passarem

Em meados do século XIX, as doenças de origem bacteriana, como a febre tifoide, a cólera e a tuberculose, ainda inspiravam terror e provocavam mortandades. Apesar de a ciência ter começado gradualmente a compreender melhor as suas causas, os aglomerados urbanos continuavam a ser os principais detonadores de infeções, em especial as intestinais e pulmonares.

Os bairros populares eram pouco arejados, a higiene quase inexistente e a rede de esgotos deficiente. As divisões da maioria das casas eram pequenas, bolorentas e húmidas, situação frequentemente agravada por telhas partidas e pela água que entrava pelas casas. Homens, mulheres e crianças não tinham como se proteger da chuva, que se entranhava nas suas roupas permeáveis, muitos andavam descalços, bebiam águas estagnadas e comiam alimentos apodrecidos. Neste cenário, não é difícil perceber o porquê das constantes infeções pulmonares, febres e diarreias. Em Lisboa, a situação era agravada pelas lamas e esgotos que se aglomeravam junto ao Tejo, fazendo da beira-rio o local ideal para medrarem mosquitos portadores de doenças.

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