Cultura

500 anos de Rafael celebrados virtualmente

Nasceu no dia 6 de abril de 1483 e morreu a 6 de abril de 1520. Tinha 37 anos e estava no auge da sua carreira. Não fossem os dias de pandemia e de quarentena e Itália estaria agora celebrar os 500 anos da morte de Rafael Sanzio, um dos mais consagrados pintores renascentistas de todos os tempos

Expresso

Rafael Sanzio nasceu a 6 de abril de 1483 e morreu no mesmo dia em que nasceu, a 6 de abril de 1520, provavelmente com sífilis, tinha apenas 37 anos e estava no auge da sua carreira.

Tal como Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo, foi um dos grandes mestres do Renascimento de todos os tempos e produziu uma obra magistral que seria também magistralmente celebrada ao longo deste ano - com várias exposições entre Itália, França, Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos - não fora a covid-19.

Entre elas estava a exposição "Raffaello" na Scuderie del Quirinale, em Roma, feita em colaboração com a Galeria dos Uffizi, em Florença, que, tal como o madrileno Museu do Prado, emprestara algumas das sua obras mais importantes de Rafael, entre as cerca de 200 obras expostas.

Para esta exposição, que tinha aberto portas a 6 de março e cuja realização estava prevista até 2 de junho, chegaram a ser a vendidas 77 mil mil entradas antecipadamente.

A mostra esteve aberta apenas quatro dias, quando o governo italiano decretou o encerramento de todos os espaços públicos do país. Mesmo assim, chegou a receber a visita de seis mil pessoas.

500 anos em celebração virtual

Para tentar assinalar a efeméride, a Gallerie degli Uffizi lançou esta segunda-feira uma visita virtual a todas as pinturas de Rafael que têm no seu acervo. Este passeio digital vai realizar-se ao longo dos próximos três dias. Simultaneamente, este museu também irá divulgar vários vídeos nas redes sociais sobre a importância de Rafael para a história da arte.

Também para assinalar a data, o Ministério dos Bens Culturais depositou flores no túmulo de Rafael, situado no Panteão de Roma, além de uma folha decorada por crianças com a frase "vai ficar tudo bem", o principal lema dos italianos (e não só) na quarentena, e publicou no YouTube um vídeo com depoimentos de Marzia Faietti e Matteo Lanfranconi, os curadores da mostra nas Scuderie del Quirinale.

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