Jorge Palma passou 2022 a ‘passear’ o seu longo repertório, em numerosos registos: celebrando 50 anos de uma carreira ímpar, deu concertos de piano e voz, como aconteceu numa noite mágica no Palácio Baldaya, em Lisboa; trouxe de volta aos palcos cada um dos seus álbuns mais marcantes, em concertos com banda, no Tivoli, também na capital, e ainda reuniu o Palma's Gang, com o saudoso Zé Pedro em espírito, para dois espetáculos fervilhantes de energia rock ‘n’ roll no outro lado da Avenida da Liberdade, no Capitólio. Em 2023, provando a vitalidade dos seus 73 anos, lançou também um álbum: “VIDA”, o seu primeiro longa-duração em 12 anos. E, à boleia desta novidade, acabou por estrear-se num dos poucos palcos onde, ao longo de uma carreira de meio século e à exceção de uma passagem pelo pequeno Fado Café, em 2018, nunca teria atuado: o do NOS Alive. O que esta noite se viu, na tenda Heineken, ficará com certeza nas memórias do homem de “Bairro do Amor” mas, acima de tudo, entra para a história do próprio festival, que este ano celebra a sua 15.ª edição e pelo qual já passaram (outras) lendas como Bob Dylan ou Neil Young, para referir apenas dois ‘companheiros de carteira’ de Jorge Palma.
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