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Primavera Sound Porto: o segundo dia do festival começou com chuva, depois veio o sol, e agora é do rock

Primavera Sound Porto 2023
Primavera Sound Porto 2023
Rita Carmo

Ao segundo dia do festival do Porto, a depressão Óscar mostra a sua panóplia de recursos: já houve chuva copiosa no Parque da Cidade do Porto seguida de uma bonança luminosa. Duas horas volvidas sobre a abertura das portas, o rock é quem mais ordena, mas mais logo a dança é com Rosalía. Fique a par do ‘menu’ do dia

As portas abriram e a corrida para a primeira fila do palco Porto, onde atuam os cabeças de cartaz do festival, era inevitável: Rosalía é a estrela da noite, já se sabe, regressando ao mesmo espaço onde, já artista de projeção internacional, atuou em 2019. Meses depois de concertos em Braga e Lisboa, a catalã deverá apresentar perto de 20 temas e, quem sabe, estrear ao vivo ‘Tuya’, o novo single, alguns minutos após o seu lançamento. É só mais logo.

O segundo dia do Primavera Sound Porto começou com chuva copiosa, cortesia de uma ainda assim algo clemente depressão Óscar, que depois de fazer a sua pluviosa magia, deixou que o recinto se iluminasse pelo Astro-Rei. Às 16h45, os bracarenses Quadra, artífices de pós-rock, levaram a uma primeira descida da colina. Uma espreitadela ao novo palco Plenitude, que tem a praia de Matosinhos nas suas costas, levou-nos ao encontro do indie rock dos Surf Curse, banda de Los Angeles levezinha, surf (claro) e jangly ideal para aquecer um dia ligeiramente mais fresco do que a véspera.

Surf Curse no Primavera Sound Porto
Hugo Lima/Primavera Sound Porto

Três quartos de hora depois, uma descida ao palco Super Bock, plano e contíguo ao anfiteatro natural que até 2022 se configurava como o cenário principal do festival (antes palco NOS, o patrocinador cessante, agora palco Vodafone), os neozelandeses Beths mostram mantém o público em coordenadas indie-rock e power-pop, com riffs suculentos que se polvilham pelos três álbuns editados. Liderados por Elizabeth Stokes, não se distanciam muito do melodismo dos canadianos Alvvays, banda que daqui a pouco também passará por aqui.

Mais pujantes, senhores de pós-punk corpulento e bojudo vindo de Dublin, os Murder Capital, que passaram por Paredes de Coura em agosto de 2022, fazem de imediato lembrar os IDLES. Fazendo uma música emotiva com guitarras-turbilhão e um vocalista, James McGovern, com o coração na boca, nunca se dirá que chegaram aqui sem ouvir Joy Division ou até Birthday Party.

Mais logo há flamenco pop, mas por enquanto o rock é quem mais ordena. Fique com o restante menu do dia:

8 de junho
Palco Porto

19:40 Arlo Parks
22:00 The Mars Volta
00:40 Rosalía

Palco Vodafone

18:40 Shellac
20:50 Maggie Rogers
23:20 Fred Again…
02:10 Mora

Palco Super Bock

19:40 Alvvays
21:55 Japanese Breakfast
00:45 Bad Religion

Palco Plenitude

18:40 Murder Capital
20:50 Gaz Coombes
23:20 Gilla Band
02:20 Jockstrap

Palco Bits

23:00 Gazzi
00:30 Uniiqu3
02:00 Teki Latex
03:30 VTSS B2B LSDXOXO

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lguerra@blitz.impresa.pt

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