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O triunfo das jovens mulheres na primeira parte do concerto dos Coldplay em Coimbra

Para a primeira parte dos quatro concertos em Portugal, os Coldplay convidaram duas jovens mulheres: a portuguesa Bárbara Bandeira e a londrina Griff, ambas nascidas um ano depois de a banda lançar o seu primeiro álbum

Conhecidos por abraçarem numerosas causas, do ativismo ambiental à defesa da comunidade LGBTQ+, os Coldplay têm convidado, ao longo da sua digressão “Music of the Spheres”, jovens mulheres para protagonizarem as primeiras partes dos seus concertos. Em Portugal, essa tendência voltou a verificar-se, com Bárbara Bandeira e a londrina Griff a aceitarem o repto de aquecer as hostes coimbrãs. Curiosamente, ambas nasceram em 2001: apenas um ano depois de os Coldplay lançarem “Parachutes”, o seu primeiro álbum, ontem recordado através das canções ‘Yellow’, ‘Sparks' e ‘Don’t Panic'.

Quando Bárbara Bandeira assomou em palco um mimoso palco-bebé, montado na imensidão da estrutura que mais tarde receberia os Coldplay , já o “patrão” desta noite, Chris Martin, teria começado o seu jejum. Ao avistá-la, o público que praticamente já enchia o Estádio Cidade de Coimbra irrompeu numa efusiva contagem decrescente para dar as boas-vindas à jovem cantora portuguesa.

De turquesa vestida, e com uma pequena banda onde nem um violoncelo falta (trazê-lo para um estádio, diz-se ao nosso lado, “é como levar uma fisga para a frente de batalha”), a artista entrou com tudo, que é como quem diz, apresentou de imediato um dos seus grandes êxitos, ‘Onde Vais’ (hoje sem Carminho). Já efervescente, a plateia reagiu em delírio, num estádio que até domingo encherá por mais três vezes.

Com o sol ainda bem alto, e enquanto vendedores de pão com chouriço calcorreavam as bancadas, Bárbara Bandeira não perdeu tempo e apresentou outras canções bem conhecidas das massas: ‘Cidade’, guarnecida com coro do público, e ‘Como Tu’, o dueto com Ivandro, com a voz do cantor presente apenas no sistema de som, serviram de despedida a uma atuação breve mas bem recebida.

“Estou tão ansiosa como vocês pelo concerto de Coldplay, e quando sair de palco vou aí para baixo”, prometeu a primeira artista a subir ao palco esta quarta-feira, pouco antes de o estádio aproveitar o intervalo entre o seu concerto e o seguinte (o da cantora e compositora inglesa Griff) para fazer a “hola”.

Pouco depois, foi a vez de Sarah Faith Griffins, mais conhecida como Griff, espalhar simpatia e pop eletrónica bem orelhuda pelo Estádio Cidade de Coimbra. Filha de mãe vietnamita e pai de origem jamaicana, a cantora britânica ainda não editou qualquer álbum - tem alguns singles e EP no currículo -, mas já foi distinguida nos Brit Awards e terá certamente conquistado fãs com uma atuação esmerada e sorridente. Além dos seus próprios temas, como ‘Shade of Yellow’ ou ‘Head on Fire’, a cantora citou Whitney Houston, com uma muito celebrada passagem por ‘I Wanna Dance With Somebody (Who Loves Me)’, e não hesitou em considerar esta breve atuação no Estádio Cidade de Coimbra como “a coisa mais emocionante que já fiz” . Os olhos marejados de lágrimas, ‘denunciados’ pelos ecrãs gigantes, não deixaram margem para dúvidas: a estreia em Portugal da autora de “Mirror Talk” vai ficar-lhe gravada na memória.

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