Shakira, que no passado fim de semana recebeu o troféu de Mulher do Ano nos prémios da Billboard dedicados às mulheres latinas na música, aproveitou a ocasião para refletir sobre as dificuldades que atravessou no último ano. Recorde-se que a cantora colombiana se separou do seu marido, o futebolista Gerard Piqué, com quem era casada há 11 anos, expondo pormenores da infidelidade do ex-companheiro na canção 'BZRP Music Sessions #53".
“Este ano trouxe mudanças sísmicas à minha vida, que me fizeram sentir, mais do que nunca, o que é ser mulher. Foi um ano em que percebi que nós, mulheres, somos mais fortes do que pensamos, mais corajosas do que julgávamos, mais independentes do que fomos ensinadas a ser. Que mulher nunca se esqueceu de si mesma, por estar à procura da atenção e do amor de alguém? Aconteceu comigo, mais do que uma vez.”
“Mas chega uma altura, na vida de uma mulher, em que ela deixa de depender de ter alguém para amar. Uma altura em que a busca por outra pessoa é substituída pela busca por si mesma. Uma altura em que o desejo de ser perfeita é substituído pelo desejo de ser autêntica, e onde encontrar alguém que nos seja fiel é menos importante do que sermos fiéis a nós mesmas.”
“É verdade que, quando me senti perdida, a música devolveu-me a mim mesma. Mas quem me ensinou as lições mais importantes foram as outras mulheres, e foi para elas que escrevi o que escrevi e cantei o que cantei. Porque só uma mulher pode amar até ser despedaçada; só uma mulher pode falar com a mais brutal honestidade, cantar com raiva, dançar em êxtase e ir às lágrimas de emoção. Só uma mulher pode fazer isso.”
No seu discurso, Shakira agradeceu ainda à sua mãe, Nidya Ripoll: “Apesar das dificuldades que atravessaste este ano, aguentaste-te com amor e resiliência sem fim. Mamã, tu foste a minha mulher do ano.” A artista elogiou também “todas as mulheres que protegem os seus filhos como leoas. Recebo esta distinção com muito amor mas, para mim, mais do que celebrar as mulheres do ano, devíamos celebrar o ano da mulher. Um ano em que, como mulheres, abordámos assuntos que não podiam ser abordados e dissemos coisas que não podiam ser ditas. E, embora alguns se tenham queixado, já não vamos voltar atrás. Juntas, demos um passo em frente, e a cada passo ficaremos mais livres e realizadas.”
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