Mais um dia, mais uma promessa arriscada de Elon Musk. Na sua rede social, “X”, o multimilionário norte-americano (e homem mais rico do mundo) vaticinou: os humanos podem aterrar em Marte dentro de quatro anos e estar a viver numa cidade marciana autossustentável em 20. Será mesmo assim?
Em julho, eram conhecidos os planos de Musk para tornar a vida “multiplanetária” - uma missão que acolheu com assumida urgência. Também os funcionários da SpaceX - alguns a trabalhar 100 horas por semana -, para estudarem quais seriam o design e os detalhes apropriados para que uma comunidade de pessoas se pudesse instalar numa cidade marciana.
Uma equipa está a trabalhar num projeto para pequenas habitações e a identificar os materiais que poderão ser utilizados para as construir. Outro grupo está a elaborar fatos espaciais para combater o ambiente hostil de Marte. Uma equipa médica está ainda a investigar se os humanos podem ter filhos ali. Musk ofereceu o seu esperma para ajudar a “criar uma colónia”, adiantaram duas pessoas que conhecem os rascunhos.
“São metas ousadas”, diz ao Expresso Matthew Weinzierl, professor de gestão de empresas na Harvard Business School, com especialização em economia do espaço. “As conquistas da SpaceX nas últimas duas décadas são notáveis, e espero que continuem a surpreender os céticos”, acrescenta.
“Elon Musk sempre estabeleceu metas agressivas e, por vezes, inalcançáveis para as suas atividades espaciais”, refere, em declarações ao Expresso, Chris Impey, astrónomo britânico da Universidade do Arizona e ex-vice-presidente da Sociedade Astronómica Americana. Um exemplo: o dono da SpaceX transformou a logística e o custo das viagens espaciais de curta duração, em órbita próxima da Terra, com a sua frota de foguetões reutilizáveis Falcon.
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