Saúde

Tenente-coronel António Gandra d’Almeida nomeado novo diretor-executivo do SNS

Tenente-coronel António Gandra d’Almeida nomeado novo diretor-executivo do SNS
Reprodução/Facebook Exército Português

Gandra d’Almeida foi até janeiro diretor da Delegação Regional Norte do INEM. Governo agradece ao diretor-executivo demissionário, Fernando Araújo, "o seu trabalho desenvolvido no SNS". Para a ministra da Saúde, o médico militar escolhido para liderar o SNS é “um jovem que dará uma resposta muito ligada ao terreno”

Tiago Palma

Jornalista

O substituto de Fernando Araújo, que se demitiu em abril da Direcção Executiva do SNS, tem 44 anos e é Tenente-Coronel Médico dos quadros permanentes do Exército português.

Em comunicado, o Governo realça que António Gandra d’Almeida é licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e que até janeiro passado foi diretor da Delegação Regional Norte do INEM.

Precisamente no INEM, o currículo do Tenente-Coronel e novo diretor-executivo do SNS refere que esteve à frente da instalação e coordenação da VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Barreiro, entre 2016 e 2018, e que desempenhou também "funções de chefia de equipa em serviço de Urgência e participou em vários eventos multi-vítimas e de catástrofe”, somando igualmente ao seu percurso “missões internacionais de apoio humanitário”.

O executivo promete anunciar “em breve” a constituição da restante equipa da Direção Executiva do SNS, tendo os nomes que ser ainda enviados à CReSAP, a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública.

Numa nota final, o Governo agradece ao diretor-executivo demissionário, Fernando Araújo, “o trabalho desenvolvido no SNS” e apresenta “votos dos maiores sucessos profissionais e pessoais”.

Fernando Araújo, que tinha só iniciado funções em janeiro de 2023, anunciou a demissão da liderança do SNS em abril, no dia 23, alegando que não pretendia ser um obstáculo ao Governo nas políticas e medidas que considerasse necessárias implementar.

Esta quarta-feira, na comissão parlamentar de Saúde e por requerimento do PS, Fernando Araújo explicará aos deputados as razões que o levaram a pedir a demissão do cargo — isto após a nova ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ter dado 60 dias ao diretor-executivo demissionário para entregar um relatório com as reformas em curso.

“Jovem” e “do terreno”: o diretor-executivo aos olhos da ministra da Saúde

Poucas horas depois do anúncio de António Gandra d’Almeida, a ministra da Saúde explicou em declarações aos jornalistas a escolha do novo diretor-executivo, realçando desde logo que “o currículo fala por si”.

“É um médico, um médico militar, um homem que está muito habituado à organização e à operação no terreno em condições adversas. E sobretudo é alguém que tem uma visão para o SNS que cumpre os estatutos do SNS”, explicou Ana Paula Martins.

Sem antecipar a audição de Fernando Araújo no Parlamento, a ministra considera que o diretor-executivo demissionário “fez a sua missão”, mas que o perfil de Gandra d’Almeida está mais alinhando com “aquilo que é a nossa perspectiva do que deve ser o diretor”.

“[António Gandra d’Almeida] é um jovem, a equipa que escolheu é interessante — com bastante experiência apesar de também ser jovem. Pode dar uma resposta operacional muito ligada ao terreno, de falar com os profissionais e ajudá-los a dar uma resposta melhor”, concluiu a ministra da Saude.

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