Médicos já estão a pressionar a nova ministra da Saúde

Federação Nacional dos Médicos não assinou acordo com o anterior ministro da Saúde e exige à nova titular da pasta o início das “negociações com carácter de urgência”
Federação Nacional dos Médicos não assinou acordo com o anterior ministro da Saúde e exige à nova titular da pasta o início das “negociações com carácter de urgência”
Jornalista
Ana Paula Martins acaba de tomar posse como ministra da Saúde e já tem os médicos a ‘baterem-lhe à porta’. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) já enviou “um pedido de reunião urgente para iniciar o diálogo, que se espera mais frutuoso do que as negociações com o anterior ministro”, Manuel Pizarro.
Numa nota enviada, a estrutural sindical explica que “será aliada de todas as medidas que tenham capacidade de reter e atrair médicos para o SNS, com salários justos e condições de trabalho dignas, de forma a reverter a saída de médicos para o sector privado e a emigração”, alertando que “não há tempo a perder”. Os médicos exigem “soluções para que o SNS garanta médicos de família a toda a população, assim como consultas e cirurgias a tempo e horas, em vez de vales para consulta e cirurgias no sector privado”. Ou seja, não vão apoiar uma das bandeiras do novo Governo de ter mais cuidados privados na assistência aos portugueses.
Para “fixar médicos no SNS”, a FNAM prescreve “a reposição da jornada semanal de 35 horas e das 12 horas de trabalho semanal no serviço de urgência, o redimensionamento de listas de utentes dos médicos de família para 1500 utentes e a reposição do suplemento de disponibilidade permanente para a saúde pública”. Além disso, quer “um regime de dedicação exclusiva, opcional e devidamente majorado para todos os médicos do SNS, substituindo o atual regime de dedicação plena, implementado pelo anterior Governo e que viola a Constituição e as diretivas europeias do trabalho”.
Na lista a entregar à ministra da Saúde estão ainda “a reintegração dos internos na carreira médica, a valorização salarial de todos os médicos, sem exceção, a reposição de dias de férias retirados durante a intervenção da troika, bem como a revisão das medidas de proteção da parentalidade para os médicos”.
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