Rita Sá Machado alerta para a necessidade de vacinação contra a gripe e diz que a mortalidade vai aumentar.
A tempestade começou a formar-se ainda antes do Natal. As temperaturas baixaram, as famílias juntaram-se e os vírus respiratórios começaram a propagar-se de tal forma que neste momento a diretora-geral da Saúde diz que estamos “em plena altura epidémica”. Os números e as notícias sobre hospitais cheios de gente comprovam-no: a afluência às urgências é grande, os internamentos em unidades de cuidados intensivos sobem, e o país está a registar excesso de mortalidade há 11 dias consecutivos, segundo os dados registados no SICO, o portal de vigilância da mortalidade.
“Estamos a chegar a um pico de infeções respiratórias víricas, com um aumento na incidência e com efeitos no aumento da mortalidade até ao final de janeiro”, afirmou ao Expresso Rita Sá Machado. Com uma nova onda de frio que já está a instalar-se em Portugal continental — esperam-se temperaturas mínimas entre os -2°C e os -4°C no interior Norte e Centro, no litoral Norte e Centro os valores rondarão os 0°C, mais a sul vão variar entre os 4°C e os 8°C, e no Algarve entre os 7°C e 8°C — e os vírus respiratórios já em circulação epidémica, a mortalidade vai aumentar ainda mais. “Já começamos a ver o efeito na mortalidade por todas as causas na primeira semana do ano”, refere a diretora-geral da Saúde. Não só pelos vírus respiratórios em si, mas também porque muitas vezes estes causam uma “descompensação de doenças de base”.
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