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Saúde

"Há pessoas que dizem que precisam de poucas horas de sono, mas isso é mentira", diz especialista da Associação Americana de Psicologia

Aric Prather
Aric Prather
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Para Aric Prather, o sono deveria ser encarado como um direito humano. E, como qualquer outro direito humano, o sono reflete desigualdades sociais, económicas, culturais e étnicas. O psicólogo que trata a insónia com terapia cognitivo-comportamental garante que uma comunidade não pode funcionar quando os indivíduos não dormem bem. “O sono faz muitas coisas, e ainda estamos a tentar compreendê-las a todas”, admite. Na noite mais longa do ano - o solstício de inverno ocorre esta madrugada - lembramos a importância de dormir bem

São inúmeros os impactos positivos de dormir bem. “Quando as pessoas dormem o que precisam, são pais melhores, melhores parceiros, mais criativos, mais capazes de fazer as coisas que desejam para as suas vidas, mais resilientes para lidar com o stress”, diz ao Expresso Aric Prather, que há anos se dedica à terapia cognitivo-comportamental para “curar” a insónia. Em oposição, há muitos efeitos negativos decorrentes dos maus hábitos de sono. “A gentileza é uma espécie de compromisso, e é difícil cumpri-lo quando não se dorme o suficiente. Podemos suportar pouco sono, mas é como se isso tivesse um prazo. Não conseguir obter o que é preciso dia após dia tem um custo.”

Em entrevista ao Expresso, o investigador do sono da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA, esclarece o que deve fazer quem não consegue dormir, como se deve encarar o sono e como olhar para o repouso como uma necessidade e fator de sucesso. Quem diz que não precisa de ajuda, mas está a dormir pouco, é porque está a mentir, garante Aric Prather, que integra a Associação Americana de Psicologia e a Sociedade para a Ciência Afetiva.

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