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Saúde

“As pessoas estão a morrer”: ânimos exaltados em hospital de Loures com espera superior a 16 horas

Na sala de espera houve quem perdesse a paciência, ecoando gritos de protesto. “As pessoas estão aqui todas a morrer, [estão aqui] desde as 15:00 de ontem”, criticou um dos utentes

“As pessoas estão a morrer”: ânimos exaltados em hospital de Loures com espera superior a 16 horas

João Maldonado

Jornalista

As urgências de Lisboa e Vale do Tejo estão sob enorme pressão. No Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, os tempos de espera para doentes urgentes ultrapassaram, na manhã desta quinta-feira, as 16 horas.

“Cheguei por volta das 20:00, mais ou menos, com pulseira amarela, com crises de estômago, úlceras nervosas”, conta à SIC Rúben Fialho, utente do Hospital Beatriz Ângelo.

Pelas 04:00 desta madrugada, oito horas depois de ter chegado à urgência, foi mandado entrar.

“Meteram-me um soro e disseram que tinha de esperar outra vez, foi até há bocado, até eu desistir de estar à espera porque estou todo incómodo e vou-me embora”.

Rúben esperou mais de 12 horas e acabou por desistir de ser atendido.

Na manhã desta quinta-feira, foi comunicado aos doentes que chegavam que o tempo de espera para casos urgentes, com pulseira amarela, era superior a 16 horas.

Na sala de espera houve quem perdesse a paciência, ecoando gritos de protesto. “As pessoas estão aqui todas a morrer, [estão aqui] desde as 15:00 de ontem”, criticou um dos utentes.

Para além dos constrangimentos em Loures, a direção-executiva do SNS previa, para esta quarta-feira, problemas nos seguintes serviços da região de Lisboa e Vale do Tejo: Caldas da Rainha, Torres Vedras, Amadora-Sintra, Almada, Barreiro e no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.

O ministro da Saúde relembra que esta situação está a ser provocada pela recusa dos médicos em ir além das horas extraordinárias legalmente previstas.

“Temos de respeitar esse direito, a atividade médica sobretudo no contexto de urgência é uma atividade muito penosa”, afirma Manuel Pizarro.

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