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“Não vamos encerrar blocos de parto. Isso está descartado”: grande entrevista a Fernando Araújo, diretor-executivo do SNS

“Não vamos encerrar blocos de parto. Isso está descartado”: grande entrevista a Fernando Araújo, diretor-executivo do SNS

Ainda em instalações anexas ao Hospital de São João, no Porto, onde tem funcionado a sede da Direção Executiva do SNS, Fernando Araújo anuncia para 2023 “o ano da mudança”. Garante que não vai fechar blocos de parto, anuncia baixas de três meses, passadas nas urgências ou por privados, e receitas médicas sem necessidade de renovação mensal

Aproxima-se o verão e os blocos de parto voltam a ser um assunto. Em que moldes vai acontecer o apoio do sector privado aos blocos de parto de Lisboa e Vale do Tejo?
A questão das urgências no período de verão é complexa. Inclui um conjunto elevado de profissionais, as férias e, neste ano, até a Jornada Mundial da Juventude. O planeamento tem sido rigoroso. No caso dos blocos de parto, há 24 semanas que o esquema tem sido cumprido na plenitude, sem falhas. Desde janeiro que começámos a pensar no verão, sendo que, neste caso, houve duas grandes maternidades que tivemos de fechar para obras — a maternidade do Centro Hospitalar do Oeste e a de Lisboa Norte (Santa Maria), esta última bastante diferenciada e que nunca tinha tido obras desde há 60 anos. O mais importante é que as equipas mostraram-se disponíveis para trabalhar noutros locais, do Oeste para Leiria, por exemplo, em que não havia regime legal que as obrigasse a isso. Eu não tenho dúvidas de que o plano vai ser bem cumprido. No entanto, era importante acrescentarmos um nível de segurança para o caso de ser necessário. Então, discutimos com os privados a questão de poderem aderir ao processo, sempre numa lógica de complementaridade. Eles irão ser ativados apenas quando e se o sistema estiver saturado de alguma forma. O INEM irá avaliar as situações, do ponto de vista médico e, caso os blocos de parto não possam receber mais ninguém, acionam um dos privados. É importante sublinhar que as grávidas e as famílias não devem dirigir-se diretamente a nenhum privado.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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