Aproxima-se o verão e os blocos de parto voltam a ser um assunto. Em que moldes vai acontecer o apoio do sector privado aos blocos de parto de Lisboa e Vale do Tejo?
A questão das urgências no período de verão é complexa. Inclui um conjunto elevado de profissionais, as férias e, neste ano, até a Jornada Mundial da Juventude. O planeamento tem sido rigoroso. No caso dos blocos de parto, há 24 semanas que o esquema tem sido cumprido na plenitude, sem falhas. Desde janeiro que começámos a pensar no verão, sendo que, neste caso, houve duas grandes maternidades que tivemos de fechar para obras — a maternidade do Centro Hospitalar do Oeste e a de Lisboa Norte (Santa Maria), esta última bastante diferenciada e que nunca tinha tido obras desde há 60 anos. O mais importante é que as equipas mostraram-se disponíveis para trabalhar noutros locais, do Oeste para Leiria, por exemplo, em que não havia regime legal que as obrigasse a isso. Eu não tenho dúvidas de que o plano vai ser bem cumprido. No entanto, era importante acrescentarmos um nível de segurança para o caso de ser necessário. Então, discutimos com os privados a questão de poderem aderir ao processo, sempre numa lógica de complementaridade. Eles irão ser ativados apenas quando e se o sistema estiver saturado de alguma forma. O INEM irá avaliar as situações, do ponto de vista médico e, caso os blocos de parto não possam receber mais ninguém, acionam um dos privados. É importante sublinhar que as grávidas e as famílias não devem dirigir-se diretamente a nenhum privado.
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