Na semana de 5 a 11 de dezembro, a mortalidade por gripe, covid-19 ou infeção por vírus sincicial respiratório esteve “acima do esperado para a época do ano, nas regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo, e no grupo etário com 85 ou mais anos”. A conclusão é publicada pela DGS no novo relatório semanal sobre a evolução das infeções respiratórias agudas e os potenciais efeitos do frio na saúde da população.
Este crescimento da mortalidade coincide com “o aumento da incidência das infeções respiratórias observado nas últimas semanas” e com “a ligeira subida da temperatura do ar, acima do esperado para esta época do ano”. Como detalha a Direção-Geral da Saúde, especificamente, a mortalidade por covid-19 apresentou uma tendência crescente nestes últimos dias.
Ainda assim, “a cobertura vacinal contra a covid-19 e contra a gripe é elevada e tem conferido uma proteção crescente da população mais vulnerável. A cobertura vacinal contra a gripe (72%) encontra-se próxima da recomendada pelo ECDC [Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças] e OMS [Organização Mundial de Saúde] (75%) para os grupos etários com 65 ou mais anos”, lê-se também no novo documento.
Nas duas semanas em análise, as populações mais vulneráveis também foram afetadas com “maior gravidade” pelo vírus influenza da gripe, de baixa a moderada intensidade, “com predomínio do subtipo A(H3)”.
Sem surpresas, aumentou a proporção de consultas por infeções respiratórias nos Cuidados de Saúde Primários nos hospitais do SNS, comparativamente à semana anterior, de 28 de novembro a 4 de dezembro. Da mesma forma, acresceram as chamadas para a linha do SNS24.
Perante o aumento da “mortalidade por todas as causas”, isto é, pelas três infeções respiratórias destacadas, a autoridade nacional de saúde apela à adoção das medidas de proteção individual, desde o uso de máscara ao arejamento e ventilação dos espaços, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis.
O habitual relatório sobre a monitorização da covid-19 em Portugal, divulgado às sextas-feiras, deixará de ser publicado, sendo substituído por este, intitulado “Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização”, informa ainda a DGS.
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