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Como escolher os vinhos para este Natal?

Como escolher os vinhos para este Natal?
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Vamos lá recapitular, só mesmo para que tudo corra bem: João Paulo Martins dá as dicas obrigatórias desta quadra

Com a aproximação do Natal e respetiva overdose de tudo — família, comida, bebida —, o enófilo começa a tremer. Vai ouvir das boas se a coisa não correr bem do lado vínico e ouvir ainda mais se as iguarias não estiverem à altura, apesar do esforço do aprendiz de pasteleiro. O que se deve premiar é a vontade de escapar a todos os pratos já confecionados pelas grandes superfícies, a todos aqueles doces que dão uma trabalheira e que, ali, é cash and carry e pronto, tudo feito. Mas vamos aos vinhos, recuperando aqui algumas ideias, sempre úteis nesta quadra. Como se costuma saber com antecedência o menu que nos espera, é mais fácil estabelecer o nosso plano vínico. Ele passa então por brancos mais invernosos, com estágio em madeira, que resultem, por exemplo, de lote de várias colheitas (temos falado deles amiúde e hoje regressamos com mais uma sugestão) ou, porque não, uns brancos já com alguns anos.

O preceito básico a seguir é: abra sempre os vinhos com antecedência para se certificar que estão limpos, sem problemas de rolha ou outros; depois, se estiver muito frio no exterior, basta colocar os vinhos na varanda para os ter à temperatura certa. Os tintos não deverão ser demasiado encorpados, porque bacalhau, polvo, perus, galos, cabritos e lombos de porco não requerem vinhos pesados. Use preferencialmente garrafas magnum, uma medida muito equilibrada para um grupo maior. Prove com antecedência e, se for caso disso, decante para retirar o depósito; lave bem a garrafa e volte a colocar o vinho lá dentro. O tema da decantação pode exigir um bom funil de rede muito fina (uma boa prenda para oferecer a si próprio) e um bom saca-rolhas de lâminas, um artefacto indispensável que todos deveriam ter mas que muitos, incluindo os restaurantes, não têm. Quando a rolha parece estar colada ao gargalo este é o objecto que nos pode salvar. E funciona sempre muito bem. O mesmo não se pode dizer com vinhos muito velhos porque a rolha tende a estar muito húmida e frágil e com este saca-rolhas vamos empurrar a rolha para dentro.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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