Há mais parque além do Gerês. Roteiro pelas zonas mais calmas do nosso único parque nacional

É possível evitar as multidões que por esta altura enxameiam o Gerês — sem deixar de parte os mergulhos
É possível evitar as multidões que por esta altura enxameiam o Gerês — sem deixar de parte os mergulhos
infografia
Quando nos referimos ao Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), normalmente abreviamos o seu nome para Gerês, deixando cair a Peneda. E nem todos saberão que existem ainda mais duas serras no coração deste santuário da natureza – Amarela e Soajo –, que em nada desmerecem das duas que dão nome ao Parque. O nosso roteiro será então pelas montanhas menos conhecidas do PNPG, tendo sempre por perto rios límpidos, onde nos podemos refrescar nestes dias de verão.
Começamos pela Serra Amarela, sem dúvida a mais inóspita, descrita como ninguém por Miguel Torga: “É um dos ermos mais perfeitos de Portugal. (...) Sem capelas e sem romarias, cruzam-na os lobos, os javalis e as corças. (...) mora nela o sopro claro das livres asas e o riso aberto dos grandes sóis. Não há estradas, senão as da raposa matreira, nem pousadas, senão as cabanas dos pastores. É Portugal nuclear, a Ibéria na sua pureza essencial e granítica. Um pé de azevinho aqui, urzes milenárias acolá, um carvalho numa garganta.”
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