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João XXI: o único português que foi Papa ‘inventou’ o milagroso colírio que protege os olhos de males maiores

Túmulo do Papa João XXI na Catedral de Viterbo, em Itália
Túmulo do Papa João XXI na Catedral de Viterbo, em Itália
Grentidez

Médico, cientista, diplomata, filósofo, Pedro Hispano foi um dos mais brilhantes eruditos do seu tempo e o único português a ser eleito Papa, tendo adotado o nome João XXI. Defensor dos direitos dos mais pobres e do saber científico, ao longo de um pontificado curto enfrentou o lado obscurantista de uma igreja onde a luta pelo poder foi, por vezes, violenta

A vida de Pedro Hispano, como era conhecido o homem que nascera Pedro Julião, está envolta em muitos mistérios. O maior de todos é a queda do teto que lhe ditou a morte, enquanto inspecionava as obras no seu palácio, oito meses depois de ter sido eleito Papa. Os seus detratores – entre os quais se encontravam monges dominicanos – apregoaram que o acidente fora punição divina pelos experimentos científicos de um médico que estudava os mortos para melhor conhecer a anatomia do corpo humano.

A verdade é que já fora terrível a luta pelo poder que antecedeu a eleição deste filho de um país periférico, num tempo em que quase todos os papas eram oriundos do núcleo central do antigo Império Romano (a atual Itália): “Houve cardeais espancados, a máquina eclesiástica não gostava dele, mas Pedro Hispano reuniu apoios suficientes para ser eleito com o nome João XXI, explica ao Expresso o coordenador do departamento de ciências da religião da Universidade Lusófona, Paulo Mendes Pinto. Lembra que “esta eleição é sempre política” e que João XXI “terá tentado pôr ordem” na cúria.

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