Os professores que estejam deslocados nas regiões de Lisboa e do Algarve e que gastem em alojamento mais de 35% do seu rendimento vão receber um subsídio no valor máximo de €200 para apoio no pagamento da renda. A medida, inscrita no Orçamento do Estado para 2024, foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.
Apesar de só entrar em vigor a 1 de janeiro, o diploma prevê a inclusão de contratos de arrendamento celebrados desde setembro, por forma a abranger todos os professores deslocados que este ano letivo tenham sido colocados naquelas duas regiões.
Segundo o ministro da Educação, a medida circunscreve-se às regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve, uma vez que é nestas duas zonas que há maior dificuldade de contratar docentes devido ao preço da habitação.
Muitos professores de outras zonas do país não estão interessados em deslocar-se para Lisboa e para o Algarve, onde as rendas são mais elevadas, já que teriam de gastar em alojamento grande parte do seu ordenado. Por essa razão, muitos acabam por rejeitar a colocação, o que tem contribuído para deixar milhares de alunos sem aulas a uma ou mais disciplinas.
De acordo com João Costa, são elegíveis todos os professores que estejam deslocados nestas duas regiões e que tenham a sua residência permanente a mais de 70 quilómetros da escola.
Em conferência de imprensa, o ministro explicou que serão abrangidos os docentes que gastem no alojamento mais de 35% do seu rendimento, sendo que "para este cálculo entrará não apenas o valor da renda que têm de suportar na deslocação, mas também o valor da sua residência permanente".
A medida tem um custo estimado de 8 milhões de euros e poderá abranger cerca de quatro mil professores.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: JBastos@expresso.impresa.pt