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Coronavírus

Stress, ansiedade e depressão voltaram a agravar-se no segundo confinamento. “Tínhamos mais experiência mas reagimos da mesma maneira”

Stress, ansiedade e depressão voltaram a agravar-se no segundo confinamento. “Tínhamos mais experiência mas reagimos da mesma maneira”
Gareth Cattermole/Getty Images

Sintomas de ansiedade, depressão e stress voltaram a subir em fevereiro deste ano para níveis semelhantes aos de março de 2020, tendo diminuído depois ao longo do tempo. Se por um lado isso é bom, porque significa que houve uma “adaptação”, por outro nem tanto. “Fomos novamente surpreendidos. Ainda falta literacia em saúde mental para lidar com situações difíceis.” A comunicação por parte das autoridades também “é uma área a melhorar”, segundo Pedro Morgado, um dos autores do estudo da Escola de Medicina da Universidade do Minho. Os jovens continuam a ser os mais afetados

Stress, ansiedade e depressão voltaram a agravar-se no segundo confinamento. “Tínhamos mais experiência mas reagimos da mesma maneira”

Helena Bento

Jornalista

Stress, ansiedade e depressão voltaram a agravar-se no segundo confinamento. “Tínhamos mais experiência mas reagimos da mesma maneira”

Sofia Miguel Rosa

Jornalista infográfica

O segundo confinamento não foi exatamente igual ao que teve início em março de 2020, em termos de medidas de restrição dos contactos sociais, mas o impacto na saúde mental parece ter sido semelhante. Depois de uma diminuição dos sintomas de ansiedade, stress e depressão a partir de abril do ano passado, voltou a haver um agravamento em fevereiro deste ano. É isso que mostram os dados recolhidos pela Escola de Medicina da Universidade do Minho, no contexto de um estudo sobre o impacto psicológico das medidas de confinamento impostas devido à pandemia de covid-19.

Ao agravamento desses sintomas em fevereiro para níveis semelhantes aos do primeiro confinamento seguiu-se uma diminuição ao longo do tempo. Houve, nas palavras de Pedro Morgado, professor na referida faculdade e um dos autores do estudo, uma “replicação quase perfeita do que aconteceu no ano passado”. “O que nos surpreendeu foi essa reação quase simétrica. Tínhamos mais experiência este ano porque já havíamos passado por isto antes, mas a verdade é que reagimos da mesma maneira, com sofrimento psicológico no início e depois houve uma adaptação”, diz ao Expresso.

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