Coronavírus

Covid-19. Presidente executivo de banco espanhol dono do BPI abdica de prémio este ano

Covid-19. Presidente executivo de banco espanhol dono do BPI abdica de prémio este ano
JOSEP LAGO/AFP/GETTY IMAGES

Depois de Ana Botín, Gonzalo Gortázar, administrador do BPI que lidera o CaixaBank, também não vai receber remuneração variável em 2020

Covid-19. Presidente executivo de banco espanhol dono do BPI abdica de prémio este ano

Diogo Cavaleiro

Jornalista

O CaixaBank, o banco espanhol que controla o Banco BPI, vai reduzir os dividendos a pagar aos acionistas. O presidente executivo do CaixaBank, que é também administrador do BPI, vai igualmente abdicar do prémio referente a este ano. Um caminho parecido ao que foi seguido pelo também espanhol Santander. Em Portugal, o BCP também cancelou o pagamento de dividendos. Tudo por conta da pandemia de covid-19.

“O administrador delegado do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, manifestou a intenção de renunciar à remuneração variável correspondente ao ano de 2020”, indica uma nota enviada às redações pela comunicação do grupo de raiz catalã, depois de o banco ter feito essa comunicação ao regulador espanhol do mercado de capitais.

A decisão do CaixaBank, que é o dono de 100% do BPI, segue-se à do Santander, em que a presidente Ana Botín anunciou o corte de 50% no salário. O Santander suspendeu o pagamento de dividendos, sendo que o grupo catalão vai baixar as remunerações de 2019 e 2020.

“Num exercício de prudência e responsabilidade social, o conselho de administração decidiu reduzir o dividendo proposto para o exercício de 2019 para 0,07 euros por ação, face aos 0,15 euros por ação que estavam previstos (a pagar no próximo dia 15 de abril), e modificar a política de dividendos para este ano, que consistia na distribuição de um dividendo superior a 50% do resultado líquido obtido, passando agora para a distribuição de um dividendo não superior a 30% do resultado líquido obtido”, indica a nota enviada às redações.

O banco português BCP anunciou noite desta quinta-feira que vai propor à assembleia-geral que não haja qualquer pagamento de dividendos aos acionistas.

“O Grupo CaixaBank quer ser uma peça-chave para que a recuperação da economia espanhola e portuguesa seja a mais rápida possível”, declara o banco, que decidiu também flexibilizar o objetivo do principal rácio que mede a sua solvência (CET1), com a meta a passar de 12% para 11,5%.

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