Das conclusões apresentadas pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a única medida a favor das vítimas é um memorial. Não é pouco?
O relatório da Comissão Independente foi analisado por todas as dioceses e procurou-se preparar para esta reunião um conjunto de atuações que tinham de ser aprovadas pelos bispos antes de serem postas em ação. Estas medidas são muito mais do que um memorial. O primeiro objetivo é o apoio às vítimas, porque foi essa razão que nos moveu neste trabalho com a comissão. Em segundo lugar, a comissão fez um trabalho precioso que nos deu uma ideia sobre a situação que existia na Igreja — e ainda está presente — de abusos. Abusos sérios e dramáticos que têm um efeito devastador. O ponto seguinte é o da ação. Precisávamos de nos encontrar e decidir que decisões tomar. E não é assim tão pouco. E sublinhamos uma política de tolerância zero. Vamos criar um ponto de escuta para já. A dimensão deste fenómeno exige uma resposta da Igreja. Vamos avançar com a revisão de todos os sistemas de formação, nomeadamente nos seminários.
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