Lourenço nasceu há seis meses e desde os primeiros dias de vida que está em lista de espera em seis creches. Numa delas ainda tem 28 crianças à frente. Os pais começaram a procurar vaga durante a gravidez, mas tiveram de esperar pelo nascimento para o poderem inscrever — e só mesmo em listas de espera, com indicação de que serão contactados quando houver vaga. Sem a família por perto e com as licenças a esgotarem-se, Liliana e Frederico, de 35 anos, residentes em Oeiras, vão gastar os dias de férias e recorrer ao teletrabalho de ambos até outubro. Se a vaga não aparecer até lá, não sabem o que fazer. “Trabalhar com o bebé em casa só dá se estivermos aqui os dois. Para um sozinho vai ser impossível”, resume a mãe.
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