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Se rebentar uma guerra “não vamos ter onde plantar batatas” em Portugal

Governo admite construção em áreas da Rede Natura, como a ZEC da Serra de São Mamede, no Alentejo
Governo admite construção em áreas da Rede Natura, como a ZEC da Serra de São Mamede, no Alentejo
Getty Images

Construção em solos rústicos agrava desordenamento e põe em risco a autossuficiência alimentar e a conservação da natureza, alertam especialistas ouvidos pelo Expresso

Se rebentar uma guerra “não vamos ter onde plantar batatas” em Portugal

Carla Tomás

Jornalista

Uma sucessão de aprovações de diplomas em Conselho de Ministros abriu a porta à construção em solos rústicos e em áreas protegidas, o que está a deixar urbanistas e especialistas em ordenamento do território e em conservação da natureza preocupados. “Isto significa um retrocesso de 60 anos e a abertura de uma caixa de Pandora”, afirma ao Expresso o especialista Pedro Bingre do Amaral. O também presidente da Liga para a Proteção da Natureza (LPN) lembra que “não falta solo urbano ou urbanizável neste país” e que a fragmentação de habitats naturais pode ameaçar a biodiversidade e reduzir as áreas de conservação. Na mesma linha, o urbanista Paulo Correia explica que a falta de habitação “é um problema de economia e de mercado imobiliário e que uma medida destas abre a porta à especulação”.

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