
Construção em solos rústicos agrava desordenamento e põe em risco a autossuficiência alimentar e a conservação da natureza, alertam especialistas ouvidos pelo Expresso
Construção em solos rústicos agrava desordenamento e põe em risco a autossuficiência alimentar e a conservação da natureza, alertam especialistas ouvidos pelo Expresso
Jornalista
Uma sucessão de aprovações de diplomas em Conselho de Ministros abriu a porta à construção em solos rústicos e em áreas protegidas, o que está a deixar urbanistas e especialistas em ordenamento do território e em conservação da natureza preocupados. “Isto significa um retrocesso de 60 anos e a abertura de uma caixa de Pandora”, afirma ao Expresso o especialista Pedro Bingre do Amaral. O também presidente da Liga para a Proteção da Natureza (LPN) lembra que “não falta solo urbano ou urbanizável neste país” e que a fragmentação de habitats naturais pode ameaçar a biodiversidade e reduzir as áreas de conservação. Na mesma linha, o urbanista Paulo Correia explica que a falta de habitação “é um problema de economia e de mercado imobiliário e que uma medida destas abre a porta à especulação”.
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