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Sociedade

Seis mortes num mês: presidente do 'instituto da droga' admite venda de droga pelo Estado

João Goulão defende a abertura de salas de consumo dispersas pela cidade
João Goulão defende a abertura de salas de consumo dispersas pela cidade
Tiago Miranda

Mortes estão a aumentar: no último mês associação registou seis mortes relacionadas com o consumo de droga. Presidente do Instituto para os Comportamentos Aditivos e Dependências quer minimizar riscos

As equipas de rua que dão apoio a toxicodependentes avisam que as mortes por overdose e doenças relacionadas com o uso de droga estão a aumentar. “Só no último mês, registámos a morte de seis pessoas que eram acompanhadas pelas nossas equipas técnicas”, lamenta ao Expresso Solange Ascensão, coordenadora da Crescer, frisando que a crise económica, social e habitacional, conjugada com falta de respostas e com um grande desinvestimento público na área da prevenção, da redução de riscos e do tratamento, levou a “um aumento muito substancial do número de pessoas a consumir na rua, numa situação extremamente vulnerável”, e com consequências graves para a saúde. As drogas mais usadas, em particular o crack, estão a ser vendidas com várias substâncias adulterantes altamente tóxicas, por exemplo a nível hepático, que provocam “uma degradação muito rápida” dos consumidores, alerta.

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