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Queda de helicóptero no Douro: piloto tentava chegar à base, após provável toque no rotor de cauda que terá causado a avaria

Uma embarcação com grua remove parte do helicóptero que caiu no rio Douro, em Lamego
Uma embarcação com grua remove parte do helicóptero que caiu no rio Douro, em Lamego
PAULA LIMA

Ao Expresso, fonte ligada às investigações explica que “o piloto pode não se ter apercebido do toque no rotor de cauda", explicação mais provável para a queda do helicóptero que se despenhou no rio Douro. O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves indicou que esta terça-feira vai divulgar as conclusões preliminares do acidente do qual resultou a morte de cinco militares envolvido no dispositivo de combate a fogos e ferimentos no piloto.

Um toque no rotor de cauda é a explicação mais provável para a queda do helicóptero que se despenhou no rio Douro, na passada sexta-feira. Esta é a principal hipótese de trabalho dos investigadores do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), que estão a trabalhar junto do helicóptero acidentado, transportado para Viseu. O Ministério Público já abriu um inquérito e, além do GPIAAF, está a trabalhar com os investigadores da Polícia Marítima, revelou um dos procurados do Departamento de Investigação e Ação Penal de Viseu.

Ao Expresso, fonte ligada às investigações explica que “o piloto pode não se ter apercebido do toque no rotor de cauda, que anulou o efeito de torque”. Como o rotor principal de um helicóptero gira numa direção, “a fuselagem tende a girar na direção contrária, esta tendência de rotação da fuselagem é chamada de torque e é anulada pelo rotor de cauda”, explica a citada fonte. Ainda assim, alertam vários peritos, “há uma válvula que anula o funcionamento do rotor de cauda, que não tem hidráulicos e permitem ao piloto voar com o rotor principal para tentar uma aterragem de emergência”. O que não aconteceu.

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