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Perto de um quarto do território da Europa tem potencial para ser renaturalizado, aponta novo estudo científico

BIODIVERSIDADE Três manadas de cavalos Sorraia e uma de tauros, uma mistura de bois que se assemelham aos extintos auroques retratados nas gravuras de Foz Côa, fazem parte das espécies selvagens reintroduzidas no Vale do Côa pelo projeto Rewilding Portugal. Foto Ana Baião
BIODIVERSIDADE Três manadas de cavalos Sorraia e uma de tauros, uma mistura de bois que se assemelham aos extintos auroques retratados nas gravuras de Foz Côa, fazem parte das espécies selvagens reintroduzidas no Vale do Côa pelo projeto Rewilding Portugal. Foto Ana Baião

Uma investigação liderada pelo biogeógrafo Miguel Bastos Araújo, publicada na revista “Current Biology”, esta quinta-feira, aponta um roteiro para os países europeus, incluindo Portugal, alcançarem as metas da Estratégia Europeia para a Biodiversidade até 2030 com ações ativas e passivas de “rewilding”. Em conversa com o Expresso também recomenda a revogação de uma resolução do Governo que considera “preguiçosa”.


Perto de um quarto do território da Europa tem potencial para ser renaturalizado, aponta novo estudo científico

Carla Tomás

Jornalista

Há um caminho possível para dar uma nova vida às terras abandonadas no continente europeu e contribuir para o alcance da meta de proteção e classificação de 30% das áreas terrestres,10% de forma restrita, como almejado pela Estratégia Europeia da Biodiversidade, aprovada em 2020 e que marca passo. E esse caminho passa pela renaturalização ou rewilding de 25% das paisagens. Esta é a principal conclusão do artigo científico “Expanding European protected areas through rewilding” ("Expandindo as áreas protegidas europeias através da renaturalização"), publicado esta quinta-feira, 15 de agosto, na revista científica “Current Biology”.

Cerca de 117 milhões de hectares de território com áreas contíguas sujeitas a reduzida pressão humana na Europa, que correspondem a 25% do território, têm teoricamente condições para o desenvolvimento de projetos de renaturalização”, sublinha ao Expresso o principal autor do artigo, o biogeógrafo Miguel Bastos Araújo.

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