
Mortes por calor extremo podem quadruplicar até 2050
A falta de ação contra as alterações climáticas está a custar vidas e são aqueles que menos contribuem para as emissões globais que estão a ser mais duramente atingidos
A falta de ação contra as alterações climáticas está a custar vidas e são aqueles que menos contribuem para as emissões globais que estão a ser mais duramente atingidos
As doenças e mortes relacionadas ao calor estão a aumentar à medida que o mundo aquece. Um grupo de cientistas prevê uma subida de 370% nas mortes anuais por calor até 2050, se o planeta aquecer 2ºC.
O relatório da revista científica “The Lancet”, o oitavo do género a avaliar a forma como as alterações climáticas estão a afetar a saúde a nível mundial, identifica poucos sinais de progresso desde o ano passado.
Os cientistas denunciam ainda a negligência de governos, empresas e bancos que continuam a investir em petróleo e gás, mesmo sabendo que as alterações climáticas estão a custar vidas humanas e meios de subsistência.
As ondas de calor cada vez mais frequentes podem causar insegurança alimentar a mais 525 milhões de pessoas. Os mais vulneráveis são os cidadãos com mais de 65 anos - as mortes nesta faixa etária aumentaram 47% na última década.
O relatório mostra que as crescentes ameaças à saúde são um sinal precoce dos perigos que o futuro poderá trazer, se não combatermos urgentemente as alterações climáticas.
No final deste mês, a conferência anual das Nações Unidas sobre alterações climáticas concentrar-se-á, pela primeira vez, em parte nos impactos na saúde.
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