Sociedade

Ativistas da Climáximo partem vidro de loja de luxo na Avenida da Liberdade, em Lisboa

Ativistas da Climáximo partem vidro de loja de luxo na Avenida da Liberdade, em Lisboa

“É preciso acabar com o consumo e as emissões de luxo”, alegam os manifestantes. Tudo aconteceu na manhã deste sábado na Avenida da Liberdade, em Lisboa, quando três pessoas (dois homens e uma mulher) partiram partes do vidro da loja e pintaram um carimbo que dizia ‘Quebrar em caso de emergência climática’

Ativistas da Climáximo partem vidro de loja de luxo na Avenida da Liberdade, em Lisboa

Rita Dinis

Jornalista

Um pequeno grupo de ativistas do grupo Climáximo partiram este sábado o vidro da montra da loja Gucci na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Segundo explicam em comunicado, o alvo simbólico foi o bilionário francês François-Henri Pinault, dono daquela marca de luxo, que tem um património líquido avaliado de 40 mil milhões de dólares e é considerado um dos homens mais ricos do mundo.

Além de terem partido a montra, os membros da Climáximo pintaram ainda a frase “Quebrar em caso de emergência climática” com tinta vermelha.

Segundo explicam os participantes na mesma nota, “a ONU aponta que os ultra-ricos têm de cortar mais de 97% das suas emissões, mas o consumo de luxo nunca esteve tão alto”. “É preciso acabar com o consumo e as emissões de luxo. Toda esta indústria do retalho de luxo só acentua a desigualdade na raiz da crise climática. Enquanto uns lucram com o consumo e são os mais ricos da Terra, outros são despejados e deportados”, escrevem.

Segundo o comunicado, a reivindicação do grupo vai no sentido de incitar a que a transição energética seja financiada com a introdução de um novo escalão do IRS, aplicado aos rendimentos superiores a €150 000 anuais brutos, com a taxação fixada em 99%.

Já esta sexta-feira, um grupo de estudantes da Greve Climática de Lisboa invadiu uma conferência na Faculdade de Direito onde estava o ministro das Finanças e atingiu-o com tinta verde. Para os jovens ativistas, o governo deve garantir que até 2030 se procederá ao fim dos combustíveis fósseis e à transição para eletricidade 100% renovável e acessível até 2025.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rdinis@expresso.impresa.pt

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