Quando devem as crianças receber o primeiro smartphone? Os pais devem controlar o uso e impor limites? Dois especialistas respondem

Jornalista
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A utilização excessiva dos telemóveis por parte das crianças e dos jovens está a criar cada vez mais problemas no dia a dia das famílias e das escolas. A maioria dos agrupamentos ainda não restringe o uso destes aparelhos, pelo menos nos intervalos das aulas, mas são cada vez mais os estabelecimentos públicos que estão a avançar para a sua proibição. Os psicólogos Ivone Patrão e João Faria concordam que é urgente tomar medidas para impor limites, mas preferem uma regulamentação concertada, entre escola, encarregados de educação e alunos, antes de se avançar para a interdição total dos aparelhos. Em casa, salientam que é essencial definir regras claras, desde o início, e deixam alguns conselhos para os pais.
Durante o 1º ciclo, a maioria das crianças vai acompanhada por familiares na ida para a escola e no regresso a casa, não precisando de estar contactável por telefone. Já a partir do 5º ano, quando ganham mais autonomia, pode fazer sentido que tenham um telemóvel, ainda que sem ligação à internet. Um aparelho que envie SMS e faça e receba chamadas é suficiente nesta fase, defendem os especialistas.
Só no 3º ciclo, a partir dos 12/13 anos, quando as necessidades de socialização aumentam e os miúdos já têm mais alguma independência, é que devem receber um smartphone, mas com regras bem definidas. É fundamental que estas sejam debatidas em família e fixadas pelos pais antes de os miúdos começarem a usá-lo.
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