“ Olh’à bola de berlim!” Com o cesto dos bolos na mão, Nuno Candeias vai percorrendo o areal da praia de Quarteira, enquanto repete o grito tão conhecido do verão algarvio. Os banhistas olham, mas poucos o chamam. “Isto está muito pior do que no tempo da pandemia. As pessoas não têm poder de compra”, explica.
Em anos ‘normais’, Nuno vende uma média de 150 bolas por dia. Este verão fica-se “pelas 50 ou 60”, um terço do habitual. E não será por um aumento excessivo do preço: “No ano passado vendia, com ou sem creme, por €1,50. Este ano, sem creme é o mesmo, com creme custam €1,80”, diz. “Às vezes vejo os miúdos a pedirem aos pais para comprarem, mas eles dizem que não. E há menos gente. Nesta altura, noutros anos, a praia estava cheia, agora não.”
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