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Transportes estão a encher-se de gente, mas o trânsito mantém-se: o que está a acontecer?

Transportes estão a encher-se de gente, mas o trânsito mantém-se: o que está a acontecer?

Número de passageiros em Lisboa e no Porto deu um salto em março e está próximo do pré-pandemia. Mesmo assim, o uso dos transportes é reduzido. Maioria da população continua a ir de carro para o trabalho

Há mais de 10 anos que a funcionária de um dos cafés da estação do Cais do Sodré, em Lisboa, conhece o movimento dos que por ali passam ao sair do comboio, a caminho do metro ou antes de apanhar o barco. Mede o aumento do uso dos transportes pelo número de cafés, cervejas ou bolos vendidos e a procura parece já superar o período pré-pandemia. Ao balcão ouvem-se as histórias de quem voltou a deixar o carro em casa, não tanto pelo aumento do custo de vida, mas porque, finalmente, a pandemia parece distante. Os turistas também já vieram em força, até mais cedo do que noutros anos, contribuindo para rebentar pelas costuras os comboios ao fim de semana, seja a caminho da praia ou dos pastéis de Belém.

O que se sente ao balcão do café corresponde, em parte, ao que os dados das operadoras de transporte recolhidos pelo Expresso refletem: tanto em Lisboa como no Porto, há sinais de um aumento mais acelerado de passageiros nos primeiros três meses do ano, com particular intensidade em março. A procura aproxima-se do período pré-pandemia e, ainda que sem certezas, o aumento do custo de vida é uma das explicações — sobretudo para quem encontra nos transportes uma solução para deixar o carro em casa e reduzir para €40 a despesa mensal com deslocações.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ralbuquerque@expresso.impresa.pt

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