É assim que a história se conta: Campo Maior era apenas um pontinho fronteiriço no mapa, sem muita coisa para dar a quem lá vivia. Depois, veio Rui Nabeiro e a seguir a sua Delta à volta do qual a pequena vila alentejana encostada a Espanha se edificou e cresceu — um pequeno armazém de 50 metros quadrados transformou-se num império com mais de duas dezenas de empresas, da vitivinicultura ao comércio imobiliário — e hoje um terço da população local trabalha na fábrica de café. No domingo, Rui Nabeiro faleceu em Lisboa aos 91 anos e na terça-feira foi a enterrar no lugar que o viu nascer, perante a comoção dos populares: Campo Maior perde um ‘pai’, mas teme perder também o progresso que a distingue dos territórios vizinhos. Isso sente-se: “As pessoas estão preocupadas”, confidenciou ao Expresso um dos membros do Governo que participou nas cerimónias fúnebres de Nabeiro.
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