Pedro já foi um ‘lobo’. Treinado e formado para convencer cidadãos comuns a investir no volátil mercado de ações, destacou-se rapidamente na equipa em que trabalhava na corretora Pineal Marketing, criada à imagem da empresa de Leonardo DiCaprio no filme de Martin Scorsese, “O Lobo de Wall Street”. “Eu sou agressivo e esforçado. Só falava com os clientes de pé, punha muita pressão, queria ganhar dinheiro. Podia não ser o melhor seller (vendedor), mas era o mais esforçado”, conta agora, ainda sempre de pé, sob a condição de anonimato.
Na altura ainda não o sabia, mas Pedro fazia parte de um esquema — o “falso day trade” — delineado para enganar os investidores que pensavam estar a investir em empresas como a Coca-Cola, a McDonald’s ou a Microsoft, mas estavam apenas a encher as contas bancárias de uma organização criminosa que operou em Portugal durante quatro anos e enganou mais de 945 pessoas no Brasil.
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