O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) esta terça-feira, por suspeitas de diversos crimes económicos alegadamente cometidos no licenciamento de obras.
Foram ainda detidos três empresários, alguns ligados à área da construção civil em empresas sedeadas nos concelhos de Espinho e Porto. E ainda um funcionário da autarquia.
No total, foram cinco os detidos no total por suspeitas dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.
Foram executadas duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços desta autarquia, residências de funcionários da autarquia e as referidas empresas.
“A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”, diz a PJ e o MP num comunicado conjunto.
A operação contou com a presença de magistrados do DIAP Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte da PJ, bem como peritos informáticos de várias estruturas da Polícia Judiciária.
Os cinco arguidos vão ser sujeitos ao primeiro interrogatório judicial e depois um juiz de instrução irá decidir quais as medidas de coação a aplicar.
Miguel Reis foi eleito presidente da Câmara de Espinho, distrito de Aveiro, pelo PS nas autárquicas de 2021.
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