Uma operação de grande envergadura que envolveu cerca de 400 inspetores da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo da Polícia Judiciária levou à detenção de 35 pessoas por suspeitas de tráfico de seres humanos, associação criminosa, branqueamento de capitais e falsificação de documentos. Há homens e mulheres, bem como portugueses e estrangeiros entre os detidos.
Os sessenta e cinco mandados de busca domiciliária e não domiciliária estiveram a ser acompanhadas pelo juiz Carlos Alexandre.
Os inspetores da PJ desmantelaram assim uma rede que contratava imigrantes de vários pontos do globo para trabalharem em campos agrícolas em Beja. “Os suspeitos, integram uma estrutura criminosa dedicada à exploração do trabalho de cidadãos imigrantes, na sua maioria, aliciados nos seus países de origem, tais como, Roménia, Moldávia, Índia, Senegal, Paquistão, Marrocos, Argélia, entre outros, para virem trabalhar em explorações agrícolas naquela região do nosso país”, diz a PJ em comunicado.
Mas quando cá chegavam, os trabalhadores acabavam por não receber qualquer salário que ficam na posse de intermediários e não tinham as condições mínimas de alojamento em contentores. Quando tentavam reivindicar pelos seus direitos eram ameaçados física e psicologicamente pelos seus empregadores.
De acordo com a “Sic Notícias”, os detidos serão interrogados nas instalações da Polícia Judiciária, em Lisboa, enquanto as vítimas serão ouvidas no Alentejo.
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