O esquema já era sobejamente conhecido em Portugal, só mudava a nacionalidade. O mesmo que fora noticiado em relação a nepaleses, paquistaneses, indianos ou bengalis, empilhados em habitações desumanas junto às estufas do sudoeste alentejano, começou, com o início do verão, a ocorrer com imigrantes timorenses, nos campos agrícolas de Beja e Serpa, seja na apanha da maçã ou na limpeza dos olivais. No espaço de um mês, pelo menos quatro grupos, num total de quase 200 cidadãos oriundos de Timor-Leste, foram sinalizados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) como potenciais vítimas de exploração laboral e de redes ilegais de imigração, em Beja, Serpa e Fundão, a viver em situação de carência social e laboral. Este mês, a sua presença começou a fazer-se notar também em Lisboa. Sem o trabalho prometido por quem os ajudou a viajar nem os documentos que pagaram e nunca viram, cerca de 150 jovens, maioritariamente homens, passaram a viver na rua, nos arredores do Martim Moniz ou no interior de prédios da Baixa.
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