No passado sábado, Inês Brites foi uma das quase 50 mil pessoas a receber a mensagem de que tinha entrado na universidade. Não na 1.ª opção (Criminologia, na Universidade do Minho), mas em Sociologia, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa. Em qualquer dos casos, sabia que sendo colocada teria de fazer as malas e deixar a casa dos pais, na Guarda. Só não estava era à espera de ter de encontrar solução em tão pouco tempo, já que as aulas começaram logo na quarta-feira.
Segunda-feira de manhã viajou até Lisboa e à noite a voz era de aflição. Foram telefonemas atrás de telefonemas para anúncios que encontrara na escola ou que via nas plataformas de oferta imobiliária. Quatrocentos euros com despesas, a maioria sem contrato, eram as melhores ofertas que lhe apareciam. Mas a resposta mais comum que ouvia do outro lado da linha era a de que o quarto já não estava disponível. “Se pedia um bocado de tempo para pensar e voltava a ligar meia hora depois já a oferta tinha desaparecido”, conta Inês.
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