Sociedade

Caso dos e-mails: Carlos Alexandre iliba Benfica. Ministério Público prossegue com a investigação

16 setembro 2022 16:01

Rui Gustavo

Rui Gustavo

Jornalista

Juiz Carlos Alexandre Foto: Getty Images

E-mails. No despacho em que leva a julgamento os três arguidos que divulgaram o correio eletrónico, o juiz diz que não há crime no seu conteúdo

16 setembro 2022 16:01

Rui Gustavo

Rui Gustavo

Jornalista

Começa esta sexta-feira, no Campus de Justiça de Lisboa, o julgamento dos três responsáveis pela divulgação de e-mails do universo do Benfica no Porto Canal. Francisco J. Marques, Júlio Magalhães e Diogo Faria serão julgados pelos crimes de violação de correspondência e acesso indevido por decisão de Carlos Alexandre. No despacho em que considera haver indícios suficientes destes crimes, o juiz de instrução também se pronuncia sobre o conteúdo dos e-mails trocados, por exemplo, entre Pedro Guerra, comentador e antigo funcionário do clube, e Adão Mendes, ex-observador de árbitros da Liga e da Federação.

“Entendemos que houve uma subversão propositada do sentido dos e-mails divulgados com o intuito de fazer crer que estaria em curso um projeto corruptivo, quando dos e-mails e da sua leitura integral [….] não se retira a prática de qualquer crime”, diz Carlos Alexandre no despacho de pronúncia em que rejeitou dois argumentos dos arguidos: a divulgação dos e-mails era “de interesse público” e resulta da “liberdade de expressão”. Mas para o juiz isso não é argumento: “Não aceitamos como válida uma liberdade de expressão maculada pela distorção do conteúdo dos e-mails com o intuito de passar uma mensagem que não corresponde à realidade.”