Ivo Rosa ordenou destruição de e-mails de Eduardo Cabrita e secretário de Estado no caso das golas antifogo
MARIO CRUZ / POOL
Juiz Carlos Alexandre reverteu decisão de Ivo Rosa na altura em que as golas ainda estavam a ser investigadas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal
O juiz de instrução criminal Ivo Rosa mandou destruir, no final de 2021, os e-mails e outras comunicações trocadas pelos suspeitos do caso das golas antifogo e apreendidas pela Polícia Judiciária. Entre os suspeitos encontravam-se, de acordo com o jornal “Público”, o ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, o seu secretário de Estado da Proteção Civil Artur Neves e o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o general Mourato Nunes. Os dois últimos foram acusados na semana passada de fraude na obtenção de subsídio, participação económica em negócio e ainda, no caso do militar, de abuso de poder.
As mensagens de correio eletrónico não chegaram a ser apagadas porque Ivo Rosa esteve pouco tempo com o caso - logo a seguir ficou em exclusividade com os casos BES e Octapharma. O juiz Carlos Alexandre pegou no caso, na altura em que as golas ainda estavam a ser investigadas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), e reverteu a decisão de Ivo Rosa.
Ivo Rosa explicou que a decisão se baseou no facto de estarem identificados vários visados (que na altura não eram arguidos) como alvo da busca e apreensão de correio eletrónico, mas sem terem dado o seu consentimento para o acesso das autoridades aos seus e-mails.
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