
Líder do grupo de peritos que apoia o Governo na estratégia contra a pandemia afirma ser “inevitável” destapar o rosto a partir do início de maio
Líder do grupo de peritos que apoia o Governo na estratégia contra a pandemia afirma ser “inevitável” destapar o rosto a partir do início de maio
Jornalista
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Estamos na última etapa antes da meta para voltar a viver sem máscara. “Nesta altura, todos os parâmetros estão controlados, excerto a mortalidade, mas sem preocupação. Estamos muito tranquilos”, explica Raquel Duarte, responsável pelo grupo de peritos encarregue de aconselhar o Governo sobre as medidas contra a covid-19. Perante este quadro de sintomas, a pneumologista afirma que o prognóstico está à vista: “É inevitável que o uso obrigatório de máscara [nos espaços interiores públicos, transportes, escolas ou salas de espetáculos] caia nas próximas duas a três semanas.”
“Para já, vamos esperar para avaliar o efeito da Páscoa, festividade que junta a família, incluindo os mais idosos. É preciso, por isso, aplicar o que todos já sabem”, explica a especialista. O resultado de mais este teste surgirá em duas ou três semanas e se correr bem, teremos um prémio, de liberdade. “Sem um aumento da mortalidade e com a chegada do bom tempo, a utilização da máscara passará a ser apenas recomendada, e em situações de risco.”
“Está tudo tranquilo. Temos o vírus a circular na comunidade, e assim vai manter-se, mas sem impacto nos internamentos ou mesmo na mortalidade, apesar de ainda estarmos ligeiramente acima do critério definido”, pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, de 20 mortes em 14 dias por milhão de habitantes.
Desde o início do mês que este indicador tem variado entre as 28 e as 30 mortes associadas à covid-19 por milhão de habitantes a 14 dias.
Uma vez que ainda será preciso esperar até ao final do mês para o levantamento desta última restrição, o 3.º período nas escolas inicia-se na próxima terça-feira ainda com a obrigatoriedade do uso de máscaras nas salas de aula, para todos os alunos a partir do 2.º ciclo e para os professores de todos os níveis de ensino.
Mas ao contrário do que aconteceu noutros períodos letivos vividos em pandemia, desta vez o Ministério da Educação deu indicação às escolas para adquirirem apenas “uma máscara social/comunitária por cada aluno, professor técnico e assistente”, dando a entender que a necessidade de uso desta proteção individual nas escolas iria ser revista ainda durante este período. Os kits que tiveram de ser adquiridos antes pelas direções dos agrupamentos previam a compra de três máscaras.
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