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Quem é Jesus? Há uma nova investigação em curso

Fé “A Incredulidade de São Tomé”, de Caravaggio, início do século XVII
Fé “A Incredulidade de São Tomé”, de Caravaggio, início do século XVII
ALAIN JOCARD/AFP via Getty Images

Há dois mil anos que o Homem procura traçar o retrato de Cristo. A infância, a juventude, a vida adulta. A investigação contemporânea já não passa pela história, pela teologia ou pela arqueologia

Tomemos um padre ortodoxo russo assassinado há duas décadas — pelo KGB, por um agressor? — de forma misteriosa: Alexandre Men fala de um Jesus como mestre espiritual, a quem nada escapa do quotidiano, mas alheio à “euforia doentia” de alguns fundadores religiosos. Juntemos-lhe um padre jesuíta norte-americano, que acompanha grupos marginalizados e comunidades de crentes LGBT: James Martin faz uma viagem pela Terra Santa à descoberta de um Jesus ele próprio pregador itinerante. Ou ainda um pastor protestante metodista inglês, escritor prolífico e um dos autores atualmente mais conhecidos na interpretação bíblica: James D.G. Dunn admite que Jesus talvez não se visse a si mesmo como filho de Deus, mas que essa afirmação era central já no cristianismo primitivo. Que retrato de Jesus pode daqui sair?...

Olhemos a arte de um pintor russo de há 100 anos, que talvez seja quem nos dá uma imagem mais provável de Jesus: ainda assim, a pintura de Vasily Dmitrévitch Polénov (1844-1927) está longe da “força espiritual que emana dos evangelhos”, escreve Alexandre Men (1935-1990) no livro “Jésus, le Maître de Nazareth” (“Jesus, o Mestre de Nazaré”, ed. Nouvelle Cité, que leva o subtítulo “Uma vida de Jesus para o homem de hoje”). Ou a abordagem narrativa e poética de um cardeal português: José Tolentino Mendonça fala da perda e do encontro como dimensões que acompanham os mistérios da identidade de Jesus. E que Jesus pode sair daqui?

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