Secretário de Estado diz que, em Portugal, “há duas opções de governo”: “um de direita e a alternativa que há de ser protagonizada pelo PS”, sublinhando que não se sabe “quem são os protagonistas da direita”
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, reforça a ideia de que o Governo está disponível para governar em duodécimos, mas já ensaia ideias que serão basilares para o PS em campanha eleitoral. Em entrevista à “Renascença” e ao “Público”, no dia em que o Orçamento do Estado para 2022 foi chumbado, o governante fala da possibilidade de eleições antecipadas e dos possíveis resultados.
“Há duas grandes opções de governo que existem em Portugal: um governo de direita com as suas circunstâncias e a alternativa de governo que há de ser protagonizada pelo PS”, diz Duarte Cordeiro, referindo ainda não saber “quem são os protagonistas da direita”. “Parece-nos já evidente que a direita vai ter de negociar ou lidar com a extrema-direita porque não existem soluções de governabilidade à direita sem extrema-direita”, acrescenta.
Duarte Cordeiro alerta, ainda, para as consequências da abstenção nas possíveis eleições antecipadas. “Primeiro, se realmente está preocupado em ter um governo de esquerda, vote! Segundo lugar, se quer mesmo uma garantia de que temos uma solução de governo à esquerda, vote no PS”, apela. “Um dos ensinamentos que devemos tirar das eleições autárquicas, em particular de Lisboa: se a esquerda não for votar, a direita vai votar e ganha. Se as pessoas querem governabilidade devem dar um voto reforçado no PS”.
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