O candidato à liderança do PSD, Paulo Rangel, considera que o Partido Socialista é “quem tem mais interesse no crescimento do Chega”, alegando que não vê “os jornalistas confrontarem o PS com essa circunstância”. Em entrevista à revista “Visão”, Paulo Rangel afirma que “algumas declarações” de André Ventura “são totalmente inaceitáveis e para lá de todas as linhas vermelhas”, reforçando a ideia que não quer um acordo com o partido.
Um dos aspetos que Paulo Rangel salienta sobre o partido de André Ventura “é de que o PS é grande alimentador do Chega”: “usando uma análise marxista, Chega e PS 'são aliados objetivos'”. “Não estou a insinuar, portanto, que há uma articulação entre o Chega e o PS. Mas é preciso dizer isto: o discurso que o PS devia fazer era denunciar o fenómeno do Chega como um mau sinal e defender que é preferível ter uma maioria liderada pelo PSD, ou de direita moderada, a estimular o crescimento do Chega”, precisa.
O social-democrata diferencia, ainda, os dirigentes do Chega e os seus eleitores. Quanto a um possível acordo com o partido que tem “um discurso que se tem vindo a radicalizar”, Paulo Rangel mantém uma postura firme. “Tenho certeza absoluta de que não vou arrepender-me. Ponto final”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt