Sociedade

Ministério da Saúde anuncia contratação de médicos de sete especialidades para o Centro Hospitalar de Setúbal

Ministério da Saúde anuncia contratação de médicos de sete especialidades para o Centro Hospitalar de Setúbal

O Ministério da Saúde anunciou esta quinta-feira que autorizou a contratação de médicos para sete especialidades do Centro Hospitalar de Setúbal (sem avançar quantos) e um investimento de 17,2 milhões de euros na ampliação das instalações

“O Ministério da Saúde está, naturalmente, a acompanhar a situação, tendo sido entretanto autorizadas, para além dos médicos especialistas contratados no último procedimento concursal (em julho deste ano), contratações nas especialidades de Ortopedia, Ginecologia/Obstetrícia, Anestesiologia, Cardiologia, Pneumologia, Medicina Intensiva e Oncologia Médica”, adiantou à Lusa o gabinete de Marta Temido.

Em comunicado, o Ministério, que não especifica quantos médicos serão contratados, refere ainda que o Centro Hospitalar de Setúbal vai lançar o concurso internacional para a ampliação durante a primeira quinzena deste mês e a obra, que representa um investimento de 17,2 milhões de euros, deverá estar terminada em 2023.

Na segunda-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, anunciou que o Governo vai recrutar 10 médicos de diferentes especialidades para este centro hospitalar.

Mas esta quarta-feira um total de 87 diretores de serviço e unidades funcionais do hospital de Setúbal apresentaram a demissão, juntando-se a Nuno Fachada, diretor clínico do centro hospitalar que se demitiu na semana passada por falta de condições para trabalhar.

“O pedido de demissão do cargo de diretor clínico do Centro Hospitalar de Setúbal, e agora da restante direção clínica, diretores de serviço e departamentos, coordenadores de unidade e comissões e ainda chefes de equipa de urgência, num total no total de 87 assinaturas, é o último grito de alerta para a situação desesperante a que o Centro Hospitalar de Setúbal chegou, à rutura das urgências e em vários serviços primordiais do hospital”, disse Nuno Fachada.

“Estamos em rutura nos serviços de urgência, nos blocos operatórios, na oncologia, na maternidade, anestesia, etc., etc., etc.”, acrescentou em conferência de imprensa realizada na delegação de Setúbal da Ordem dos Médicos.

Os 87 diretores de serviço e unidades apresentaram a demissão como um ato de solidariedade para com Nuno Fachada, que se demitiu na última quinta-feira. E, já em agosto, o diretor do serviço de obstetrícia, Pinto de Almeida, também se demitiu do cargo, justificando a decisão com a falta de profissionais.

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