Espera-se um aumento contínuo de casos nas próximas semanas. Só a vacinação poderá quebrar subida: falta saber quando
Com o aumento de casos mais disseminado pelo país, os peritos antecipam que a curva da incidência vai continuar a subir nas próximas semanas. Sem novas medidas de confinamento generalizadas, desta vez sobra a vacinação e a testagem como soluções para achatar esta vaga, mas falta saber em que momento é que a taxa de vacinação completa será suficiente para quebrar a curva. Para já, perante a maior transmissibilidade da variante delta, a circular sobretudo entre os mais novos e não vacinados, os especialistas receiam que a subida dos internamentos ponha em causa a capacidade de resposta aos doentes não-covid. A Grande Lisboa tem agora 71 doentes em cuidados intensivos e aguenta um máximo de 100 antes de ter de desviar camas.
“Ao ritmo atual de novas infeções, poderemos atingir esse limite já no final da primeira semana de julho. O nosso plano, para não perturbar a restante atividade, é transferir doentes para outras regiões”, diz ao Expresso João Gouveia, coordenador da Resposta Nacional de Medicina Intensiva. O INEM já foi alertado para estar preparado para a necessidade de começar a transportar doentes entre hospitais. “Neste momento, só estamos bem na região Centro, pois nas restantes já começamos a estar aflitos. É verdade que o número de novas infeções é baixíssimo comparado com o que já tivemos, mas tem impacto, porque não queremos prejudicar a restante atividade hospitalar.”
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